E quem ousar criticar a forma, que engula decassílabos sáficos!
O amanhecer nunca é tão belo quando não debruçamos em sorrisos ensolarados.
Apenas posso odiar todos aqueles que nunca viram o sol nas manhãs cálidas e frias.
Ainda que não exista casamento algum, sol e lua são intimamente ligados pela apaixonada visão sobre a vida, o universo e tudo mais.
Sim, adoro preencher meus escritos boçais com literaturas e músicas que apreendem minha mente. E não critiquem tal ação, pois ainda que o engenho ardente há muito tenha abandonado os dedos impacientes desta que lhe escreve, ainda posso ignorar toda a métrica que tanto amo, para jorrar tinta em papéis coloridos.
Mas falar de sol, não é minha grande área, sou aquela que ama a noite, aquela que escreve sob o luar. Aquela que encosta na janela, e penetra surdamente no reino da noite, esperando as estrelas em dicionário entregar Drummond.
Ouso tocar de leve a rugosidade lunar como se assim, em sua forma cratera, pudesse esconder minhas unhas, carnes e outras vidas que escorregam quando seguro canetas.
E não há nada de tão belo e tão singelo, que meu amor escorrendo pelas cores dos papéis que escrevo!
Domingo.
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